Quarterbacks são os grandes objetos de desejo na NFL. Nenhum time se monta sem que exista um astro usando uma camisa entre 1 e 19 para passar a bola.
A busca incessante, porém, tem se tornado uma máquina de moer talentos.
Nos últimos 15 anos, 46 quarterbacks entraram na liga com o rótulo de “escolha de 1ª rodada”. Dá para contar nos dedos das mãos aqueles que você consegue cravar, sem nenhum questionamento, que foram acertos.
Este time traz Matthew Stafford, Cam Newton, Andrew Luck, Patrick Mahomes, Josh Allen, Lamar Jackson e Joe Burrow.
Outros bons nomes estão por aí, como Justin Herbert, Tua Tagovailoa e Trevor Lawrence, que mostram qualidade e ainda oscilam, e C.J. Stroud, que brilhou muito em sua temporada de calouro, mas precisa de mais um ano para ver se entra na primeira lista.
Os demais se dividem em grupos que afundaram, como Wentz, que estão lutando para mostrar que têm valor, como Goff, e uma grande maioria que simplesmente fracassou, sumindo ou perambulando pela liga como reservas.
Neste draft é bem provável que tenhamos seis QBs recrutados na primeira rodada. E não me admiraria que saíssem todos no Top 10.
A baladação pela classe me faz lembrar de 2021, quando Lawrence se salvou e vemos Zach Wilson, Trey Lance, Justin Fields e Mac Jones serem piadas na liga.
Mas existe uma explicação para isso? Será que os scouts são simplesmente incompetentes a este ponto?
Além de temos que pensar que o College Football é quase um outro esporte em comparação com a NFL, existem fatores que passam pelos jogadores e, principalmente, pelos times.
Enquanto o erro de avaliação parece claro em casos como de Zach Wilson e Paxton Lynch, por exemplo, e outros se perdem, como Johnny Manziel, as franquias também precisam assumir boa parte da culpa.
Como dizer que Bryce Young é um bust quando você olha para o roster dos Panthers na temporada passada e vê Adam Thielen como principal recebedor?
Como jogar a culpa toda em Mac Jones depois de um primeiro ano e uma segunda temporada com um ataque comandado por Matt Patricia?
Entra em ação a moedora de carne, já que sempre existe a chance de buscar um próximo talento no ano seguinte, trocando o passador como um time brasileiro troca de treinador.
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